Atlético Itajaí

Futebol Peixeiro entrevista: Fábio Bartelt, presidente do Clube Atlético Itajaí

Natural de Itajaí, Fábio Bartelt é um fotógrafo reconhecido no cenário nacional e internacional, e foi eleito o Melhor Fotógrafo de Moda pela revista Quem nos anos de 2010 e 2014. Escolheu a Igreja Matriz da sua cidade natal para se casar com a modelo Carol Trentini no ano de 2012, em cerimônia que agitou a cidade. E pouco mais de quatro anos depois, Fábio volta a agitar a cidade, mas agora com sua outra paixão, o futebol.

Fundado no dia 20 de abril de 2016 pelos sócios Fábio Bartelt, Christian Hening, Lucas Franzato e Dhari Pisseti, o Clube Atlético Itajaí já conquistou o seu primeiro título e parece que não vai parar por aí. “Agora com a conquista da Série C, a ideia e o nosso planejamento é de realmente subir (para a Série A)… A gente quer chegar onde esses times grandes do estado chegaram: Avaí, Figueirense, Chapecoense. Nosso plano é muito ambicioso pro futuro, e a gente vai pra Série B pra subir”, disse o Presidente do clube, Fábio Bartelt, ao Futebol Peixeiro.

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Fábio Bartelt vestindo a camisa do Atlético Itajaí (Imagem: Facebook/Divulgação)

Torcedor do Marcílio Dias na infância, o Presidente acha que com um planejamento diferente, investindo na base e já prevendo a construção de um centro de treinamento, pode conquistar espaço no coração do torcedor itajaiense. “A gente não montou o Atlético pra ser um concorrente, pra ser rival do Marcílio ou do Barroso. A gente quer que Itajaí tenha mais uma opção pra torcer”, afirmou Bartelt.

A Série B de 2017 só se inicia no segundo semestre, e já podem ter novos clássicos na cidade caso Marcílio e Barroso não consigam o acesso. Com o Atlético ficando cerca de 10 meses sem atividade profissional, ficamos na torcida para os outros time da cidade, e parece que o Presidente Fábio Bartelt vai ser mais um torcedor: “Vou torcer pro Marcílio, vou torcer pro Barroso e vou torcer pro Atlético. Claro que na hora que jogar Atlético e Marcílio, vou torcer pro Atlético.”

Confira a entrevista na íntegra abaixo:

De onde veio a ideia de fundar um time na sua ciadade natal?
A ideia primeiro começou com uma conversa no condomínio onde eu moro, no Estaleiro, e aqui mora um ex-jogador, o Christian Hening, que jogou na Alemanha e foi capitão na Bundesliga, e a gente estava num jantar com o pessoal do condomínio, alguns empresários e tudo mais, e entrou essa conversa: “como que Itajaí, uma cidade que tem tantas empresas, tantos investidores, não consegue ser um time que brigue com os times do futebol catarinense, que está tão em alta?”. Eu fiquei com isso na cabeça, e eu tenho um amigo, o Lucas (Franzato), que no final virou nosso sócio, e falei da ideia pra ele. Então, eu liguei pro Chris (Hening) e falei: “vamos montar aquele time que a gente tava falando, o Itajaí?”, e ele falou: “vamos, é tudo que eu quero”. Aí eu falei com o Lucas e a gente falou com mais um sócio nosso que é o Dhari (Pisseti), empresário de futebol de grandes jogadores como o Luiz Gustavo da seleção, e então a gente se juntou, uniu forças e foi pra frente.

Com pouco mais de 4 meses de história o time já conquista o primeiro título e o acesso pra Série B. Acredito que você acompanhe um pouco a competição e já tenha percebido que o nível de investimento pra se montar um time que brigue pelo acesso é muito mais alto. O Atlético já vai entrar brigando pra subir ou vai apenas montar um elenco pra se manter e investir em estrutura?
Agora com a conquista da Série C, a ideia e o nosso planejamento é de realmente subir (para a Série A). A gente não é um time que veio pra descobrir jogador, até que nosso lema é “Aqui nasce uma nova paixão”. Eu quero trazer essa força do futebol. Eu sei que Itajaí agora tem mais dois times, pois entrou o Barroso que inclusive está super bem no campeonato, mas a ideia nossa é de um planejamento diferente, de crescimento, de base, de centro de treinamento. A gente quer chegar onde esses times grandes do estado chegaram: Avaí, Figueirense, Chapecoense. Nosso plano é muito ambicioso pro futuro, e a gente vai pra Série B pra subir.

Já existem planos pra construção de um centro de treinamento ou um estádio próprio?
Sobre planos, ainda não tem nada concreto, mas já temos conversas e ideias para um centro de treinamento e de ter a nossa casa, o nosso estádio. Os times de Itajaí já têm os seus estádios, e a gente sofreu bastante esse ano com essa questão de liberação de estádio, onde não era culpa nossa e a gente não conseguia levar torcedor para o estádio. Mas a ideia é ter a nossa casa, construir um estádio e poder ter a nossa casa pra jogar.

No ano que o Atlético é fundado, temos também a volta do Barroso ao futebol profissional. Você acha que Itajaí tem espaço pra três times profissionais?
Eu acho que quanto mais opção melhor. A gente não montou o Atlético pra ser um concorrente, pra ser rival do Marcílio ou do Barroso. A gente quer que Itajaí tenha mais uma opção pra torcer. Se o Marcílio tiver mal e o Atlético tiver bem, vamos lá torcer pro Atlético e vice-versa. Eu sou itajaiense, amo minha cidade, moro em São Paulo há anos, mas sempre tento levar o nome da cidade o máximo possível, tanto que a ideia de levar o nome e as cores da cidade pro time foram exatamente pra isso.

O quanto você acha que o Atlético foi prejudicado em termos de torcida e popularidade por ter jogado apenas uma partida com portões abertos na competição?
Lógico que foi complicado, porque você sabe que futebol é uma coisa viciante. Se a pessoa vai uma vez no estádio e vê um time ganhando, isso e gostoso e vai querer ir de novo. Então se a gente tivesse jogado de portões abertos, como a gente perdeu apenas uma partida e nem foi em casa, acho que seria legal porque a torcida iria chamar outras pessoas e a gente poderia ter na final um estádio mais lotado, já com mais torcedores e com mais gente vestindo a camisa.

A Série B se iniciará provavelmente no segundo semestre do ano que vem. O elenco vai ser todo desfeito e montado do zero pra competição ou já existe alguma parceria com outro clube para que possa ser ao menos mantida uma base?
A Série B só começa mesmo no segundo semestre. A ideia é a gente manter alguns jogadores, mas agora a gente sabe que é outra competição, outro campeonato, até porque a Série C era um campeonato jogado Sub-23, então a gente só podia ter três jogadores acima da idade. Pra Série B vamos ter que ir atrás de mais jogadores, mais reforços, pois é um campeonato mais forte. Mas a ideia é essa, montar um time sempre competitivo pra ir pra disputa.

Li que você é torcedor do Marcílio Dias. Caso o Marinheiro não consiga o acesso pra Série A nessa temporada, ano que vem você verá seu time de coração enfrentando o time no qual preside. Qual a expectativa pra essa partida?
Minha infância inteira fui torcedor mesmo do Marcílio, até porque amo futebol, sou de Itajaí e o único time era o Marcílio. Torcia mesmo, ia pra cima das árvores quando não tinha dinheiro, ficava pendurado assistindo o jogo. Mas de uns anos pra cá ficou difícil a gente manter uma parceria com um clube que não vem dando certo. Lógico que torcedor é torcedor na tristeza e na alegria, mas assim, torço porque torço pelos times de Itajaí. Torço de verdade. Vou torcer pro Marcílio, vou torcer pro Barroso e vou torcer pro Atlético. Claro que na hora que jogar Atlético e Marcílio, vou torcer pro Atlético.

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