Morreu no último final de semana, no Rio de Janeiro, o conceituado advogado esportivo Domingos Moro, aos 57 anos. Ele sofreu um mal súbito na noite de sexta-feira e foi encontrado em seu apartamento na tarde de domingo após faltar a um compromisso profissional no sábado. Domingos foi o advogado do Marcílio Dias no Campeonato Catarinense de 2015, quando o rubro-anil perdeu seis pontos por relacionar de forma irregular o meia Rodrigo Pita.
Moro foi contratado pelo Marinheiro para tentar evitar a perda de pontos, mas não teve sucesso no TJD catarinense. Pita ficou no banco de reservas nos jogos contra Avaí e Inter de Lages de forma irregular por não ter sido profissionalizado pelo clube ao completar 20 anos. A tese usada pelo advogado era de que o jogador não entrou em campo, por isso não interferiu nas partidas, que tiveram duas derrotas do Marcílio Dias.

Como os seis pontos perdidos não fariam com que o time se classificasse para o hexagonal final do Estadual, o rubro-anil desistiu de recorrer ao STJD e acabou rebaixado na última colocação daquele ano.
Ainda no futebol catarinense, Domingos Moro defendeu Brusque e Concórdia em casos semelhantes, obtendo êxito no STJD. O caso do Brusque envolveu diretamente o Marcílio Dias, já que os dois times disputavam a Série B do Catarinense em 2013 quando surgiu a suposta irregularidade. No fim, o Marinheiro bateu o Brusque na final do campeonato e ambos subiram de divisão.

Paranaense, Moro se destacou como advogado esportivo defendendo causas para Atlético-PR e Coritiba. No Coxa, era conselheiro vitalício, além de ter sido dirigente e concorrido a presidência em 2007.